Programa Atitudes Sustentáveis

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Gro Brundtland, ex-Primeira Ministra da Noruega, em 1987 definiu pela primeira vez o termo DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, da seguinte forma: “Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades”.

Baseado nesta definição elaborou-se o PAS – PROGRAMA ATITUDES SUSTENTÁVEIS, o qual tem como objetivo atender/orientar/entusiasmar/habituar as empresas, condomínios, igrejas e residências na busca da sustentabilidade, conscientemente, e não apenas por mera obrigação subordinada ou por interesse em lucrar financeiramente a partir da imerecida e inexistente imagem de pessoa ou instituição preocupada com a vida do planeta e as vidas que ele abriga.

Lucrar financeiramente, enquanto empresa, e economizar, enquanto pessoa, família e instituição sem fim lucrativo, é possível e necessário; deve ser objetivo a estabelecer, buscar e alcançar – com superação de metas e estabelecimento de outras, mais ousadas. Não por acaso, de anos para cá, fala-se em logística reversa, e temos esperança de que haverá de se firmar em todos os setores da sociedade: também dela dependerá o futuro do planeta e dos nossos descendentes.

Segundo Kofi Annan, Secretário Geral das Nações Unidas, 1997-2006:
“Nosso maior desafio neste século é pegar uma ideia que parece abstrata – desenvolvimento sustentável – e torná-la uma realidade para todas as pessoas do mundo”.

A adoção de atitudes sustentáveis garante a pequeno, médio e longo prazo, boas condições para o desenvolvimento das variadas espécies de vida, inclusive o ser humano, garante recursos naturais em quantidade razoável para as gerações futuras e a qualidade de vida destas. Busca da sustentabilidade significa:

• Exploração de forma controlada dos recursos naturais e, se possível, garantir a reposição do que foi retirado, como, por exemplo, replantar mudas de árvores;
• Preservação de áreas que não são destinadas a exploração econômica;
• Incentivos à produção de alimentos orgânicos, pois a utilização de agrotóxicos é menor ou quase nula neste caso;
• Utilização de energias limpas, como, por exemplo, eólica e hidráulica;
• Programas de reciclagem de sólidos, como, por exemplo, sacolas, latas, pneus e papelão.

“Somos responsáveis pelo que está acontecendo com o nosso planeta e consequentemente por nossa vida. Ser uma pessoa sustentável é estar sempre provendo o melhor para você, para as outras pessoas e para o meio ambiente, não só preocupados com o agora, mas principalmente com o futuro. Ser sustentável não é tarefa tão difícil assim e qualquer pessoa pode adotar este perfil. Basta agir com coerência e ter consciência que, atitudes que embora pareçam pequenas, são muito importantes para o socorro a todos os seres vivos desse planeta (Mundo Verde, 13/05/11).” Abaixo, o tempo médio para a natureza absorver materiais nela jogados…

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Pequenas atitudes sustentáveis são capazes de fazer grande diferença:

• Fechar bem as torneiras e não usar a água além do tempo necessário para a higiene pessoal;
• Evitar ou reduzir ao máximo o uso de detergentes e produtos químicos na limpeza de casa;
• Definir um dia para a lavagem de roupas, isso poupará o desperdício de água;
• Aproveitar a água do molho das roupas e da chuva para lavar o quintal;
• Diminuir ou até acabar com o uso de sacolas plásticas;
• Separar os objetos recicláveis dos não recicláveis;
• Nunca jogar nenhum tipo de lixo na rua, na praça, na praia, no bosque, na estrada, no quintal do vizinho etc – o pequeno papel que embala a bala, por exemplo, já causa grande estrago;
• Trocar as lâmpadas comuns pelas lâmpadas fluorescentes;
• Não deixar lâmpadas acesas sem necessidade;
• Manter fora das tomadas os eletrodomésticos após usá-los;
• Deixar sempre o automóvel em casa quando tiver que ir a algum lugar perto;
• Combinar com amigos rodízio com os automóveis para ir para o trabalho, escola, ou levar os filhos para escola ou passeio. Se isso não for possível, prefira o transporte coletivo, bicicleta ou, ao menos, raciona-lize seus trajetos, mantenha os sistemas do seu automóvel bem regulados, não acelere exageradamente etc;
• Ensinar (com mais atitudes que discursos) as crianças o quanto é importante cuidar da natureza e incentivar seus vizinhos a terem os mesmos cuidados que você está tendo.

E os templos, cozinhas, pátios e salas das comunidades religiosas?

A formação bíblica/teológica/pastoral/litúrgica (mesmo básicas, desde que acertadas e aceitas), o estudo do CIC (Catecismo da Igreja Católica), dos documentos do Concílio Vaticano II, do Documento de Aparecida, enfim, da doutrina da Igreja, geraram os explícitos propósitos das recentes Campanhas da Fraternidade, da Conferência sobre Meio Ambiente que reuniu mais de 80 cientistas no Vaticano, a Encíclica Caritas in Veritate, do hoje Papa emérito Bento XVI e a Enciclica Laudato Si’, do Papa Francisco, por exemplo.

Não obstante, também entre os crentes da Igreja fundada por Jesus, ainda grassa falta de consciência sustentável: como em tantos outros assuntos, encontra-se mais fãs do carismático Bispo de Roma do que interessados em acolher e adotar o que ele ensina e recomenda, bem como demais líderes leigos e ordenados da Igreja da qual ele é o líder maior.

A Igreja, enquanto Universal (sede em Roma), Particular (cada Diocese), Local (cada Paróquia), é cada vez mais ambientalmente adequada para cumprir a legislação vigente e para ser fiel à sua própria doutrina. Entretanto, a começar por vários dos seus líderes nos mais diversos níveis e lugares, ainda são poucos os seus adeptos realmente engajados, compromissados e realmente dotados de atitudes sustentáveis. Igreja Doméstica (cada família) e demais setores da sociedade refletem essa indigência de atitudes sustentáveis…

Sem atitudes sustentáveis? Então, sem cristianismo também! (Ao menos, ainda não devidamente entendido e fielmente aceito como compromisso para vida toda, inalienável da aceitação ao próprio Cristo). A quem eventualmente discordar desta assertiva fraternamente provocadora, antes de se limitar a ser só mais um a criticar sem sequer ponderar, dialogar e contrapor com argumentos fundamentados e arrazoados, pesquise, estude, pense, reflita (os eventos e documentos citados neste texto são uma boa base para iniciar).

Da Cúria Romana à mais distante das Comunidades, entre leigos e ordenados, cada vez mais devem fazer parte do cotidiano, em todas as atividades e relacionamentos, o esmero e o sincero apreço pelas atitudes sustentáveis.

Que as celebrações litúrgicas e encontros para oração, formação e confraternização sejam devidamente iluminados, por exemplo, mas que não se desperdice energia elétrica; nem água e outros recursos e materiais, a começar pelos alimentos (cerca de 30% dos alimentos são desperdiçados; em países não desenvolvidos, como o Brasil, o desperdício chega 50% – que país cristão é este?).

Um dos mais representativos exemplos da falta de conscientização cidadã e cristã se encontra nas cozinhas e refeitórios da maioria das Paróquias: raríssimas pessoas têm iniciativa de preparar meios para o corrreto descarte das sobras de orgânicos, das sobras recicláveis e não recicláveis; e quando tais meios são providenciados, pouca gente os percebe e utiliza corretamente.

Nossa Paróquia está se tornando sustentável. É preciso que os paroquianos, muitos mais, vão se tornando sustentáveis. A novidade não são as dicas repetidas: o propósito deste artigo é a novidade de algum leitor começar a ter atitudes sustentáveis. Podemos contar com você?

PAS

PAS

O Programa Atitudes Sustentáveis é criação de Evíldia Aparecida Bassi, Engenheira Química, Professora e Consultora Ambiental. Desde o início da década, somos parceiros formais via AECAJ – Associação Empresarial do Cajuru e região, Ação Recursos Humanos e Rádio Plena (web). Por intermédio de palestras, cursos, treinamentos, artigos, áudios e vídeos, tentamos fazer acontecer o propósito do PAS, resumido no início do artigo. A consultoria é eventualmente remunerada (para empresas) e voluntária. Colhemos frutos, no entanto, a realidade é caótica: até entre os que têm discurso sustentável é fácil encontrar gente com nada além do discurso…

Outra vez: podemos contar com você?

Evíldia Aparecida Bassi – Consultora Ambiental – 99634 2116 (WhatsApp)
José Carlos de Oliveira – Consultor de RH, Presidente AECAJ, editor do ISJ

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